Uma pergunta: de quê adianta ganhar uma promoção, viajar de Porto Alegre até São Paulo [o que dá uns dois mil quatrocentos e trinta e sete bizilhões de quilômetros], pegar um trânsito infernal, chegar no prédio da rádio que te deu o prêmio e SE PERDER LÁ DENTRO?! Pior que nem adianta pedir informação pra secretária ou tia da faxina ou seja lá quem for, porque elas "não sabem me dizer, desculpa, eu tenho que voltar ao trabalho". Tudo isso porque a querida tiazinha que devia estar me esperando do lado de fora do banheiro, pra me levar pro lugar onde eu encontraria a banda, simplesmente não estava mais lá quando eu saí. Isso é um ultraje, um sacrilégio, uma BAITA POUCA VERG-
AAAAAiê, quasemorriagora! Nota mental: olhe para os dois lados na curva do corredor. Aliás, eu quase matei um cara, além do almost self-suicide. OH, MY, quase matei o cara!
- Com licença, moço - eu fui falando para as costas do cara. - Desculpa, a culpa foi minha.
Foi quando eu me dei conta de que eu tinha caído sobre uma das cadeiras do corredor, iguais às que tem na sala de espera do meu dentista. Anyways, como o tio não tinha me ouvido, resolvi levantar e dar uns murros nele, só pra saber se ele ainda tava vivo.
- Dá licença! – certo, eu admito. Usei um tom um pouco rude, considerando que eu recém havia atropelado a criatura. Mas, aparentemente, ele era surdo. – Você está bem? – [é, aprendi a usar o "você" nessa cidade. É impressionante o quão não-prestativas as pessoas ficam quando tu chega pra elas falando.. "tu".]
O cara continuou calado. Eu comecei a perder um tantinho da minha paciência, no que resolvi erguer o braço [ele era alto, poxa] e bater de leve no ombro dele.
- O-oi?
Foi quando ele virou de frente pra mim e eu perdi a fala.
É impressionante o quão não-prestativas as pessoas ficam quando tu chega pra elas falando.. "tu" [2] isso também vale para Curitiba, tanto para 'tu' quanto para 'tri'. fikdik/
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