quinta-feira, fevereiro 19, 2009

WHAT?!

Será que dá pra descrever o quão surreal é você dar de cara com aquela pessoa com quem você sonha de quatro a cinco vezes por semana [no mínimo] no meio de um corredor qualquer? Tipo. Sozinha. Sem ninguém por perto. Não, acho que não dá. Mas sei como descrever o que é não saber o que dizer quando isso acontece: uma DROGA!
Anyways. Lá estávamos nós [SÓ nós dois, pra reforçar a idéia], cara a cara, ambos nos desculpando pelo encontrão [haha, eu nem tanto assim].
- Are.. You.. Okay? – ele começou, falando pausadamente demais, como se o esbarrão tivesse comprometido a parte do meu cérebro que assimila o que ouviu ou algo assim.
- A-a-a-a-a-aaa.. – comecei, sem muito sucesso, devo dizer. A única coisa que eu parecia capaz de fazer era olhar pra ele e piscar. Piscar muito. – 'M fine, sorry, that was my fault.
- Hey, you speak English!
- Yeeh.. – MY DOG, PENSA EM ALGO ENGRAÇADO! - Ahn.. I.. try to. – Imbecil.
Pelo sorriso que ele deu, ele não se importou muito com a minha resposta nada esperta. Espera aí. Ele sorriu pra mim? Ele SORRIU pra MIM?! Alguém traz uma maca, por favor.
- Are you sure you're fine? – ele me olhou preocupado, segurou meus braços de leve e me ajudou a sentar na mesma cadeira sobre a qual eu havia caído. Espera. Ele tocou em mim?! – You seem.. too pale. Don't you wanna get some coffee or anything?
Tentei esboçar um sorriso diante aquela situação. – You always treat who almost knocked you down in the corridors this way?
- Nop. – ele sorriu de novo. Sério, cadê aquela maldita maca? – Just the ones who look at me like they just saw a ghost.
- Oh, my! – senti meu rosto ficar vermelho, justo o que eu não precisava. Desesperei-me por um instante, não queria que ele me visse corando. Por isso, encarei minhas mãos. – I'm sorry, so sorry!.. Really.. It's just.. – tomei coragem e encarei aqueles olhos castanhos que eu via todos os dias nos meus pôsteres. – Are you who I'm thinking you are?
Ele ficou sério por um instante, mas um sério engraçado, sabe, como em uma briga de mentira entre velhos amigos. E então veio o sorriso. Mal pude ouvir ele se apresentando "formalmente", e mal notei quando ele estendeu a mão para mim, porque meu coração e meu cérebro resolveram gritar ao mesmo tempo:
"MAAAAACAAAAAAAAAAAAA!"

Um comentário:

  1. Imediatamente eu pensei em Pierre Bouvier lendo esse texto. Não sei por quê. xD

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