domingo, novembro 29, 2009

Wrong.
[Is it wrong to have hatred in your heart?]

Ah. Altruísmo. Sua melhor e mais aparente qualidade. Sempre pensando nos outros e esquecendo de você. Muitos dos que você ajudou um dia pisaram em você. É, eu dizia que eles tinham que ir pro inferno. Mas você, nossa... Você era tão superior a tudo aquilo.
Você sempre foi tão legal comigo... Sempre me trazia café no trabalho de manhã, agüentava as minhas amigas no bar e os meus ocasionais momentos de loucura. E eu podia contar com muffins toda sexta-feira quando chegasse em casa. Certo, você sabia ser irritante quando queria, mas minha memória saudosista diz que você ficava ainda mais atraente nesses momentos. Ah, que saudades suas!
Não sei como consigo suportar não ter você por perto. Sinto tanto a sua falta... É quase impossível lembrar de você sem sentir a maior das angústias. Quando acordo e noto que seus olhos azuis não estão ali, me dando bom dia por baixo daqueles quase cachos bagunçados... Quando me dou conta de que seu sorriso está lá para virar um beijo...
Eu preciso de você. Preciso de seus braços me envolvendo. Preciso ouvir sua voz dizendo que tudo bem, que isso às vezes acontece. Preciso que você segure minha mão e me diga que sou capaz, porque agora, mais do que nunca, não acho que sou. Não sem você.
Você conseguiu me conquistar e eu consegui te perder. Me odeio por isso. Odeio várias coisas. Eu te deixei sair de casa. Eu te deixei ir pro trabalho no seu dia de folga. Eu te deixei com a ilusão de que as pessoas merecem ser salvas. Como eu pude ser tão idiota?
Agora eu te perdi e só posso culpar a mim mesma. Agora eu espero o dia em que nós, finalmente, possamos nos reencontrar e viver a nossa vida, do jeito que devíamos tê-la vivido. Eu sei que você diria que eu não devo pensar dessa forma, entáo peço desculpas.
Eu amo você, amo demais, do fundo do meu coração. Nos vemos um dia, meu príncipe. Até lá.

sábado, novembro 14, 2009

C=C

Tenho que parar de prestar atenção em você.
Seu besta.
Seu idiota.
Seu tosco.
Seu lindo.

sábado, novembro 07, 2009

What Simon Said

Meu horóscopo de hoje disse que é melhor eu cuidar com o que desejo, porque pode se realizar. Aí eu comecei a pensar no que eu tenho pensado ultimamente. Seria tão ruim assim se alguns colegas meus, por um total acaso do destino, caíssem de alturas elevadas e dessem de cara no concreto? É, acho que sim. Mas aposto que não era disso que o meu horóscopo tava falando [eu acho].
Bom. Minha mente começou a viajar sobre qual poderia ser esse desejo perigoso. Eu desejo ter certeza do que eu vou me inscrever na PUC! Não. Desejo não ter mais aula aos sábados! Também não. Salvem os morcegos! Nha.
Tentei pensar em algo egoísta, algo que envolvesse a mim e somente a mim. Vestibular, cabelo ruim, pessoas me perguntando o que eu escrevi nas unhas [o que é chato, sabe, ter que ficar explicando o que significa CBARTOWSKI]. Mas eu não consegui chegar a uma conclusão, porque eu não desejo coisas negativas a, ora bolas, mim mesma.
Tá legal. Então é alguma coisa a ver com os outros. Outros? Que outros? Meus pais falando que eu tô make folgada demais? Minha amiga indo viajar pra ver o show de uma banda que eu adoro [show esse que perderei, vejam que diver]? Os professores que acham que eu não presto atenção nas aulas? Foi aí que eu parei. Os professores.
Do que tu tá falando, criatura? Tá com pena dos professores? Ahn, não. Não é pena. Eu ainda não sei que nome dar a essa sensação. Mas a culpa é minha? Diz aí, a culpa é minha se eu tenho professores que ficam rebolando no meio da aula? Aí eu fico cheia de idéias pra fanfictions e a culpa é MINHA?!
OMJ. Que nojo. Que horror. Eu tô tendo pensamentos não muito inocentes a respeito de um professor agora.
Eu vou pro inferno. Merda. Eu só quero passar no vestibular.
Acho que meu horóscopo tava certo. Mas, por via das dúvidas, trancarei a porta do meu quarto hoje à noite.

quarta-feira, agosto 12, 2009

The keys are in the house.

Tá. Tinha essa guria que gostava desse guri.
Mentira, ela achava o guri tri, como diria outra amiga, saudável, haha. -q
Tá. De novo.
Tinha essa guria que achava esse guri bem bonito e tal. Aí ela foi perguntar pra uma amiga o que ela devia fazer sobre isso.
A amiga disse que, se o guri soubesse quem ela era e se, tipo, eles fossem amigos, ela poderia tentar.
Só que a amiga não conhecia o guri.
Então, a guria chamou o cara pra ir no cinema ver algum filme de algum gênero que os caras gostam. Sei lá, pancadaria e muito sangue?
E a amiga dela tava lá com mais umas outras amigas. E, dã, ÓBVIO que eles todos se encontraram.
Deixa eu ver o que aconteceu depois.
A amiga da guria puxou ela prum canto e disse que o cara era lindo e maravilhoso e que tê-lo era necessário. P.S.: ela tava falando dela mesma.
E, haha, enquanto elas discutiam e quase puxavam o cabelo uma da outra, o cara acabou conversando com uma das amigas da amiga da guria.
Aí ele chegou pra louca e perguntou se tava tudo bem se ele saísse com uma delas. E a tonta disse que tava.
Acabou que a guria e a amiga ficaram segurando vela [porque aparentemente o cara era chegado em mais de uma por vez] durante uns dois segundos. E depois foram fomar um milkshake.
Mas ele era bonito.

quarta-feira, agosto 05, 2009

Never take life seriously. Nobody gets out alive anyway.

Eu poderia ter passado sem aquela. É mesmo, poderia. Tipo. Eu sei que é.. Loucura? É, loucura. Alguns diriam estupidez. Mas eu não escolhi as coisas desse jeito. Elas simplesmente.. Bang. São assim.
Tá que eu tentava esconder. Nunca se sabe o que o pessoal vai falar. Eles sabem ser chatos, isso sim. Acho que eu tinha medo também, sei lá. E se você descobrisse? Droga, o que você faria? Eu não queria te envergonhar, não queria que você se afastasse.
Talvez o meu erro tenha sido ser sincero. Ou sincero demais. Não faço a mínima idéia. Só sei que fiquei com medo de nunca ter outra chance de te contar, e eu tinha que contar. Só esqueci que você já não ia com a minha cara. Por que diabos resolvi falar que te amava? Eu bem que tentei fazer com que ninguém mais ouvisse, mas você insiste em manter seus amigos e amigas sempre por perto. Eles são uns idiotas que tentam influenciar todos que se aproximam. E você era o mais idiota deles.
Que merda de mente fechada. Eu sabia exatamente o porquê da sua paranóia. Foi porque eu não sou tão rico? Tão bonito? Tão alto? Ah, espera. Acho que eu já sei. Desculpe por ser assim. Não, desculpe mesmo, porque isso simplesmente aconteceu. Merda, estou sendo redundante. É o que acontece quando se tem tanto a dizer que não se sabe por onde começar.
Direto ao ponto:
Eu NÃO pretendia fazer você passar por aquilo.
Você NÃO precisava ter surtado.
Eles NÃO precisavam ter rido da minha cara.
Eu NÃO estava insinuando que você era gay.
Eu só tinha que te contar que eu sou.
É. É isso, Dave.

quarta-feira, julho 15, 2009

Mee Heart

Não há de crer em sandices, milorde.
Ou há?
Tu, que sempre foste o dono da
razão, ousas desafiar-me?
Oh, não, deixei o escárnio repousando
enquanto digo que a ferida
aberta ainda dói e teima em não
cicatrizar.
E por mais que eu queira assentir,
sabes que assim tão simples não
é.
Não, milorde, o tempo é contado e
não tenho o luxo de me demorar.
Ajudar-me, tu irás?
Nada podes fazer, a não ser crer.
Acredite nela, que diz que nunca
esquecerá;
Acredite neles, que dizem que jamais
deixarão;
Acredite em mim.
Que digo que sempre amarei.
De todo o meu coração.

domingo, maio 31, 2009

Meu Deus. Acabei de descobrir que te amo. Mas nunca conseguirei contar, especialmente a você.

Uma das coisas mais terríveis que pode acontecer a alguém é ela ver a pessoa de quem gosta com outra. Não posso deixar você saber que conseguiu me atingir desse jeito. Não, não posso deixar que você se sinta orgulhoso disso. "Olha só, eu venci, after all". Não, obrigada.
Eu fico pensando coisas ruins [não piores do que ver vocês]. Mesmo assim. São coisas que eu não devia pensar, mas que simplesmente surgem entre meus pensamentos politicamente corretos. A princípio, achei que aquelas cenas dentro da minha mente estavam ligadas ao fato de eu não suportar mais você. O jeito que você andava, me olhava e falava comigo me irritava demais. Seus comentários maldosos e sarcásticos sobre todos os seus e meus amigos.. Suas gargalhadas quando alguém se dava mal eram cruéis, caso não tenha se dado conta.
Lembra de quando nós todos tínhamos combinado de dar uma volta nas férias? Lembra também que, na hora de ir pra casa, fomos os últimos? Pois é. Eu gostaria de poder fingir que aquela uma hora nunca aconteceu. Yeah, mainly por causa do que você fez. Eu nunca expressei o menor bom sentimento por você; não sei como você pôde mal interpretar algum. Eu devia ter percebido sua intenção com aquele "Já está anoitecendo.. Can I walk you home?", mas admito que foi divertido te bater naquela noite. Certo, me senti culpada depois.
Sabe que, depois que cheguei em casa, quase não consegui dormir. Passei a noite pensando naquele beijo e, quando dormi, sonhei com ele. Confesso que achei que não conseguia me concentrar em algo além daquilo porque nunca tinham me beijado como você, mas fui notando que o que eu sentia quando estava perto de você foi mudando aos poucos. Comecei a achar graça das suas atitudes imbecis e, out of the blue, você não me pareceu mais tão odiável.
Entretanto, eu tinha meu orgulho. Não dava pra chegar e dizer "Hi, I was wrong and I want you now". Não dá mesmo. Plus, como eu poderia ter certeza de que você fez o que fez porque gostava de mim, e não porque só achou que seria algo legal de fazer na hora? Afinal, eu nunca tinha notado olhares seus em minha direção. Devo acrescentar que notei tempos depois, uma ou duas ou três vezes. Pra ser mais exata, até que você descobriu o quão legal era sair com uma garota diferente por semana. O mais idiota dessa história? Você esqueceu que, quando se tem amigos em comum com quem você gosta, é possível ficar sabendo o que o outro pensa. Seu erro foi ter contado ao seu melhor amigo, que é meu também, que você estava esperando algo de nós.
Sabe.. As pessoas te frustram. Pessoas como você me frustram. Agora cá estou, sonhando com o que could have been, but it's not. Lamento eu não ser uma das garotas fúteis das quais você aprendeu a gostar. Lamento ter um cérebro e saber usá-lo. Lamento ter um coração e ter vergonha disso.

sábado, maio 02, 2009

Untitled.

Era uma vez, um garoto e uma garota. Kenny e Annie, para manter a privacidade dos dois. Eles se gostavam, mas se gostavam de verdade. Eles saíam juntos e se divertiam demais. Passavam horas conversando e nunca se cansavam da companhia um do outro. Os amigos diziam que eles eram o casal perfeito, do tipo que brigava, sim, e qual casal não briga? Mas era impressionante como eles sempre davam a volta por cima.
O mais engraçado era que eles morriam de ciúmes um do outro. Lógico que amigos são uma coisa, mas "não dá pra agüentar garotas oferecidas que só querem roubá-lo" dela.
Então, um dia, Kenny resolveu apresentar um amigo a Annie. E esse amigo tinha uma namorada. Até aí tudo bem, você deve pensar. Mas essa namorada tinha um irmão. Calma que ele também tinha namorada. Só que esse irmão tinha outro amigo, que não tinha namorada, mas também tinha um irmão. Aí sim, Annie terminou com Kenny.
Agora, Annie namora o irmão do amigo do irmão da namorada do amigo do Kenny, enquanto ele ainda se culpa por ter desencadeado tudo isso.

Moral da história: nunca, jamais, EM HIPÓTESE ALGUMA, apresente seu/sua namorado/namorada a alguém, mesmo que essa pessoa já tenha namorado/namorada. Sério. Vai por mim. Haha. -q

segunda-feira, abril 06, 2009

Aaaaai, Roger!

Talvez eu devesse me apaixonar, só pra escrever coisas bonitas de novo.
Só pra cantar uma canção falando do quão boa a vida pode ser, se você tiver alguém ao seu lado.
Mas isso seria emo e clichê demais.
Não consigo mais criar.
Reaprender o caminho pra o que você era não foi algo tão simples.
Droga, eu jurei não escrever mais sobre você, mãs isso só tá acontecendo porque eu mudei de assunto.
Voltando.
A vida é bela e você é uma cadela. Olhe pela janela.
É. Talvez.

domingo, março 08, 2009

AboutYou

Ben estava prestes a ir para casa. Já havia guardado tudo, dito "até mais" para todos.. Só faltava pegar sua mochila e seu casaco, que havia deixado na sala ao lado. Foi em direção à porta, rindo de uma piada que ouviu ao longe, quando ouviu vozes vindas da sala. "Estranho..", ele pensou. "Achei que quem ainda estava aqui estava na lanchonete".
Abriu a porta o suficiente para ver de quem se tratava. Seus colegas de trabalho, aparentemente ainda trabalhando.

- Ah, olha só – uma voz masculina foi dizendo. - Descobri uma música legal pra um cover acústico outro dia. Quer ouvir?

Ou não.

- Pode ser - ela respondeu. - Tá com o violão aí?

"Bisbilhotar é feio. Muito feio. Eu não devia. Não devia mesmo."

- Tô sim, ainda não o guardei..

"Que se dane."

- Certo - ele o ouviu dizer. - Pronta?
- Pronta, yay! - "Oferecida."
- Okay.. Ela se chama The Reason Why, do The Click Five.

"Espera aí! Essa música.. É a nossa música!", Ben pensou, enquanto ouvia a introdução seguida do primeiro verso.

"Yesterday
I waited for your friends to walk away
So I could say just what I mean"

Ele abriu a porta mais um pouco, a fim de ver onde havia atirado suas coisas. Para seu azar, o casal se encontrava bem no meio do caminho até elas. Resolveu abrir a porta um pouco mais, à procura de uma rota alternativa para não ver visto, mas acabou por denunciar sua presença. Concentrado, Roger não deixou de tocar e cantar. Sally fez sinal com a mão para Ben se sentar ao seu lado e ouvir a canção. "Haha, quanta consideração. Como se eu já não tivesse ouvido essa antes."

".. Before it fades away
Could it be that maybe it's our first mistake?
And baby that's alright
It's crazy how we lost ourselves tonight"

Eles não contiveram uma pequena risada nessa frase, nenhum dos três, embora por motivos diferentes. Ela, prestando atenção na música, mal notou quando os outros dois trocaram olhares momentaneamente, e nem quando o rapaz à sua frente deu um meio sorriso ao começar a segunda parte.

"Standing still
I'm waiting 'round to see if this is real
'Cause I feel like I'm asleep"

Sua parte favorita. Era a coisa mais legal de todas ouvir a versão "modificada" de Roger, ainda mais quando não havia ninguém por perto. Ben mal podia esperar para que Sally ouvisse também. Assim, ela tirava o cavalo da chuva para ele não se resfriar.

"I'll open up my eyes
'Cause you might be the type.."

"É agora, é agora, é agora!"

".. Of girl that makes me dream when I'm awake"

Ben levantou de um salto, fazendo Sally sobressaltar-se e o outro abaixar a cabeça, incapaz de encará-lo. Olhou para ela, tentou um sorriso constrangido e apontou para a mochila, num claro "Preciso ir embora". Ela acenou com a cabeça, acenou e voltou sua atenção para a música, mas Roger havia parado de tocar.

- É – ele começou, segurando o violão com uma mão e passando a outra pelos cabelos. – Vou aproveitar a deixa e me mandar também. Tô morto.
- Já que é assim, deixa eu sair daqui. – Sally consultou o relógio. – Droga, minha mãe deve estar arrancando os cabelos. A gente se vê amanhã, né, caras?
- Isso aí – Ben apenas a observou enquanto ela pegava seu casaco e abraçava Roger, que, percebendo o olhar insistente de Ben, apenas bateu de leve no ombro da garota.
- Até amanhã, Benny! – "Benny. Bó, que deprimente."

Ele sorriu e acenou rapidamente e, quando ela deu as costas e deixou a sala, Ben passou dois nanossegundos encarando Roger. Pegou seus pertences e fez menção de sair, mas não pôde porque Roger teve a idéia, ["Infeliz idéia"], de segurar seu braço.

- Espera.. Ben..
- Esperar? Esperar pelo quê? – ele voltou o rosto para fitá-lo, a cara amarrada. – Esperar você falar que finalmente se deu conta de que tá caído pela Sally?
- Cara, do que 'cê tá falando? – Ben tentou se desvencilhar dele, sem sucesso.
- Agora você resolveu se fazer de retardado, é? Que idéia besta foi aquela de se declarar pra ela?
- Ben.. – ele o soltou e postou uma mão na cintura, a outra novamente pelo cabelo.
- Escuta aqui – Ben baixou a voz. – Eu não tô te pedindo pra você abrir o jogo com o pessoal, mas aquilo foi exagero.
- Ah, é? – Roger sussurrava também, e voltou a segurar seu braço, agora puxando Ben para longe da porta e para perto de si. – Você quer o quê? Que eu saia por aí contando pra todo mundo que eu tô apaixonado por você? - Ben baixou os olhos, no que Roger segurou seu rosto e forçou o contato visual. – Porque eu faço. Isto é, se isso for o que você quer.
- Eu.. – "Por que ele tem que me olhar assim, droga?" – Desculpa.. Foi um, ahn.. Ataque de ciúmes, eu acho.. - Ben sorriu envergonhado. - Acho que a gente.. Eu ainda não tô pronto pra, sabe, ahn..
- Sair do armário? – Roger começou a rir enquanto Ben bufava. – Tá, foi mal, cara. Vem, vamos – ele passou o braço sobre os ombros de Ben. - Acho que ainda conseguimos pegar a Starbucks aberta.
- Espero que sim. Eu preciso pacas de cafeína agora. E tira a mão daí, seu gay.
I mean..

Cansei de estereótipos.
E de regras.
De must do's.
Você.
Você devia.
Você devia abrir os olhos.
Há vida além do rebanho de ovelhas na Rússia.
Verdade.

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

WHAT?!

Será que dá pra descrever o quão surreal é você dar de cara com aquela pessoa com quem você sonha de quatro a cinco vezes por semana [no mínimo] no meio de um corredor qualquer? Tipo. Sozinha. Sem ninguém por perto. Não, acho que não dá. Mas sei como descrever o que é não saber o que dizer quando isso acontece: uma DROGA!
Anyways. Lá estávamos nós [SÓ nós dois, pra reforçar a idéia], cara a cara, ambos nos desculpando pelo encontrão [haha, eu nem tanto assim].
- Are.. You.. Okay? – ele começou, falando pausadamente demais, como se o esbarrão tivesse comprometido a parte do meu cérebro que assimila o que ouviu ou algo assim.
- A-a-a-a-a-aaa.. – comecei, sem muito sucesso, devo dizer. A única coisa que eu parecia capaz de fazer era olhar pra ele e piscar. Piscar muito. – 'M fine, sorry, that was my fault.
- Hey, you speak English!
- Yeeh.. – MY DOG, PENSA EM ALGO ENGRAÇADO! - Ahn.. I.. try to. – Imbecil.
Pelo sorriso que ele deu, ele não se importou muito com a minha resposta nada esperta. Espera aí. Ele sorriu pra mim? Ele SORRIU pra MIM?! Alguém traz uma maca, por favor.
- Are you sure you're fine? – ele me olhou preocupado, segurou meus braços de leve e me ajudou a sentar na mesma cadeira sobre a qual eu havia caído. Espera. Ele tocou em mim?! – You seem.. too pale. Don't you wanna get some coffee or anything?
Tentei esboçar um sorriso diante aquela situação. – You always treat who almost knocked you down in the corridors this way?
- Nop. – ele sorriu de novo. Sério, cadê aquela maldita maca? – Just the ones who look at me like they just saw a ghost.
- Oh, my! – senti meu rosto ficar vermelho, justo o que eu não precisava. Desesperei-me por um instante, não queria que ele me visse corando. Por isso, encarei minhas mãos. – I'm sorry, so sorry!.. Really.. It's just.. – tomei coragem e encarei aqueles olhos castanhos que eu via todos os dias nos meus pôsteres. – Are you who I'm thinking you are?
Ele ficou sério por um instante, mas um sério engraçado, sabe, como em uma briga de mentira entre velhos amigos. E então veio o sorriso. Mal pude ouvir ele se apresentando "formalmente", e mal notei quando ele estendeu a mão para mim, porque meu coração e meu cérebro resolveram gritar ao mesmo tempo:
"MAAAAACAAAAAAAAAAAAA!"

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

I HATE THIS.


A lot.
Ask me why, I'm begging you.
You've always liked my sarcasm, now take it all. It's for you.

I've got my things, I'm good to go.
You met me at the terminal.
Just one more plane ride and it's done.

It was not supposed to be like it's being.
After all, I've spent too much time making you wait for me.
Of course I couldn't ask you to die to the world.
I wouldn't.
But you could have told me.

We stood like statues at the gate.
Vacation's come and gone too late.
There's so much sun where I'm from.
I had to give it away, had to give you away.

If what we've had never meant nothing to you, I can't do anything but to feel sorry about it.
Nevertheless, I know it did. You told me the other night.
Too bad I believed.

And we spent almost a week on a
Backyard behind your family's old house.
Sometimes perfection can be..
It can be perfect hell, perfect...

Your mom didn't like me; it's all normal.
And I'm not used to go to the church.
It was really awkward.
Your aunt said things and you thought it had hurt me.
Do you still care about me?

Can you make this last?

Do you count the minutes?
I don't know what for, but do you?
Amazingly, one year ago, this was everything we've ever wanted.
This is what I want.
Tell me, are you strong enough to face it?

I lace my All-Star, I walk the aisle.
I take my drinks, the babies cry.
All I hear is what's playing through
The in-flight radio.
Now every word of every song I ever heard that made me wanna stay
Is what's playing through
The in-flight radio, and I
And I am, finally waking up

Tell me.. Are you?
'Cause, if you're not, I will understand.
And try to fix it, okay.
Dammit, I don't wanna love you.
Anymore.

'Cause every inch you see is bruised
Bruised
Bruised..


segunda-feira, fevereiro 02, 2009

ARGH!

Uma pergunta: de quê adianta ganhar uma promoção, viajar de Porto Alegre até São Paulo [o que dá uns dois mil quatrocentos e trinta e sete bizilhões de quilômetros], pegar um trânsito infernal, chegar no prédio da rádio que te deu o prêmio e SE PERDER LÁ DENTRO?! Pior que nem adianta pedir informação pra secretária ou tia da faxina ou seja lá quem for, porque elas "não sabem me dizer, desculpa, eu tenho que voltar ao trabalho". Tudo isso porque a querida tiazinha que devia estar me esperando do lado de fora do banheiro, pra me levar pro lugar onde eu encontraria a banda, simplesmente não estava mais lá quando eu saí. Isso é um ultraje, um sacrilégio, uma BAITA POUCA VERG-
AAAAAiê, quasemorriagora! Nota mental: olhe para os dois lados na curva do corredor. Aliás, eu quase matei um cara, além do almost self-suicide. OH, MY, quase matei o cara!
- Com licença, moço - eu fui falando para as costas do cara. - Desculpa, a culpa foi minha.
Foi quando eu me dei conta de que eu tinha caído sobre uma das cadeiras do corredor, iguais às que tem na sala de espera do meu dentista. Anyways, como o tio não tinha me ouvido, resolvi levantar e dar uns murros nele, só pra saber se ele ainda tava vivo.
- Dá licença! – certo, eu admito. Usei um tom um pouco rude, considerando que eu recém havia atropelado a criatura. Mas, aparentemente, ele era surdo. – Você está bem? – [é, aprendi a usar o "você" nessa cidade. É impressionante o quão não-prestativas as pessoas ficam quando tu chega pra elas falando.. "tu".]
O cara continuou calado. Eu comecei a perder um tantinho da minha paciência, no que resolvi erguer o braço [ele era alto, poxa] e bater de leve no ombro dele.
- O-oi?
Foi quando ele virou de frente pra mim e eu perdi a fala.

quinta-feira, janeiro 22, 2009

Aqueles que amamos.

Nunca nos deixam de verdade. Porque, por mais que não queiramos, as lembranças existem. Elas ainda estão lá.
Muitas vezes queremos reviver o que passou. Muitas vezes é o contrário. Mas sempre lembramos, ah, lembramos sim.
Não tenho muito a dizer agora. Desculpa. Por mais que eu ache que você não sabe o que eu quero dizer, eu sei que sabe.
Te amo. Exagero dizer isso, não é? Não faz mal. Exageros fazem bem, quando não são acidentes.

Sei que nunca nos deixará. Nunca me deixará.
Obrigada por botar um sorriso em meu rosto, não importa quando, não importa o quê.
Não importa.
Porque aqueles que amamos nunca nos deixam de verdade.

domingo, janeiro 11, 2009

J or G? K!

- The Clash?
- Não.
- Kiss?
- Não.
- Guns?
- Também não.
- Beatles?
- Ew,não!
- E que tal The Kinks?
- Quem?!

This time tomorrow where will we be?

- Rage Against the Machine?
- Até que é legal...
- The Used?
- Yêi, é legal!
- New Found Glory?
- Agora sim, estamos falando de bandas que prestam.
- Que prestam? Tá de brincadeira, né?

I'll leave the sun behind me and watch the clouds as they sadly pass me by.

- Tá falando de quê? Não é como se eu gostasse de Jonas Brothers ou coisa do tipo.
- Certo, certo, mas poxa. Nesse ritmo, daqui a pouco você estará ouvindo... Sei lá, Blink-182.
- Que, por sinal, é uma das melhores bandas de punk rock de todos os tempos, loser.
- Nossa, Green Day morreu, por acaso?

Maybe we're too young and I don't even know what's real.

- AIÊ! Eu não disse nada de mais!
- Posso jurar que você acabou de falar mal da banda do Mark Hoppus.
- EX-banda, você quer d... Tá bom, tá bom, já entendi, não precisa me olhar assim.
- Olha só, você tem que se abrir para novas bandas, sabe?
- É, sei...
- Não revire os olhos, moço, eu falo sério.
- Eu sei que sim, mas acho que será difícil me acostumar com novas bandas.
- E aí vem a pergunta tão esperada: já tentou?
- Hãn?
- Hãn, hãn? Você já tentou ouvir alguma banda que não seja do tempo de antes do Mick?
- Claro que já!
- Aham, tipo quais?
- Tem a... Aquela lá, claro que 'cê conhece... Ah! Amy WineCellar!
- Música da Amy Winehouse não é música que se preze. Peloamordosmeusdiscos, você TEM que ouvir algo decente.

And I'm in perpetual motion and the world below doesn't matter much to me.

- Oh, Deus, tenho medo de fazer a próxima pergunta.
- Faz logo, seu tosco.
- Que bandas você sugere?

I don't know where I'm going, I don't want to see.

- Caramba! Eu não sabia que o Tom Morello não era só um projeto de wannabe guitarrista esquisitão!
- Viu só? Eu não te disse? Há vida além de Aerosmith.
- Falando em Aero, eu comprei o novo Guitar Hero. Tá afim de ir lá em casa jogar?
- Agora, cara?
- Agora, moça.
- Mas você ainda tem que ouvir Foo Fighters, Kaiser Chiefs, Anti-Flag, Jimmy Eat World, Bullet For My Valentine, Death Cab For Cutie!, não acredito que você nunca ouviu Death Cab... E tem June e This Pr-

Help me come back down, from high above the clouds.

- EI! Beijo pra calar a boca não vale!
- Vale pra mim, haha. Vamos jogar Guitar Hero, vamos!
- Urgh, 'cê não tem jeito mesmo... Okay. Vamos.
- Rá, sabia que você não resistiria.
- Ui, engraçadinho, pára com isso antes que eu mude de idéia e te faça ouvir McFly.
- Nossa, I've got it, I've got it. Let's get going, eu dirijo.
- Whatever. Ah, qual jogo 'cê tem?
- O último, o World Tour.
- O mesmo que tem NOFX?
- Escuta aqui. Se você me fizer ouvir NOFX, eu te faço ouvir Van Halen.
- Que seja, mate. É sempre bom ouvir bandas novas.
- 'Cê me irrita.
- Haha, e você não adora isso?!
- EI! EU DISSE QUE EU IA DIRIGIR!

But I know I've never wanted anyone so bad.

sábado, janeiro 03, 2009

Now here you go again
You say you want your freedom


Eu sonhei que eu tinha escrito um texto intitulado "Um elefante chamado elefantinho colorido".
E que Hayley Williams era meu ídolo supremo.
E que Peter Parker existia de fato.
E que eu conhecia esse casal de japoneses simpáticos que ajudaram Eric Dane a decorar minha casa nova a beira mar.
E que tinha uma cortina de pedra ao redor da minha televisão.
E que tinha um balanço muito divertido do lado de fora, o qual Eric teve que me dizer como funcionava.
E que, no quintal dessa casa, perto de um navio de verdade, Ty Pennington havia construído um de brinquedo, mas em tamanho natural.
Aí eu notei que algo estava muito errado. Acordei.
E ouvi meu namorado conversando com a irmã dele.
Ela saiu do quarto, fechou a porta, e ele começou a beijar meu pescoço.
Abri os olhos e vi minha mãe lambendo minha mão.